Prezados Cooperários, infelizmente a intransigência, a falta de conhecimento e sensibilidade das Cooperativas está travando as nossas negociações. Originalmente formalizamos nossa proposta nas cinco assembleias regionais realizadas, com grande participação dos empregados, pedindo reajustes salariais pela variação do INPC do período mais 3,5% de ganho real; inclusão da ajuda alimentação para os demais ramos e reajuste do tíquete refeição do ramo crédito para R$26,00 (vinte e seis) reais dia. Na primeira reunião, a contra proposta que as cooperativas nos fizeram ficou muito aquém das nossas reivindicações e tivemos de recusá-la imediatamente. O ramo Agropecuário ofereceu 7% de reajuste, o que dá em torno de 1% de ganho real. Já o ramo Crédito, num total desrespeito ao trabalhador, ofereceu 0,5% de ganho real, o que dá em torno de 6,5% de reajuste salarial, e para o tíquete-alimentação usariam o mesmo índice do reajuste, ou seja, o valor sairia de R$14,73 para R$15,68 por dia, tudo muito abaixo das nossas reivindicações iniciais. Diante da situação exposta acima, analisamos e refizemos a nossa proposta original:

  • reajuste de 7,5% para os dois ramos: Agropecuário e Crédito;
  • inclusão de cesta básica para o ramo Agropecuário;
  • tíquete refeição no valor de R$20,00, para o ramo Crédito.
A nova proposta foi entregue no dia 05 de novembro, e até hoje não tivemos nenhuma resposta oficial da OCEMG. Estive numa reunião rápida com o Advogado da OCEMG, o Dr. Luiz Gustavo, no dia 12 de novembro, e o mesmo me comunicou que tudo continuava do mesmo jeito, ou seja, que não aceitaram nossa nova proposta e que corríamos o risco de não ter as convenções assinadas este ano, porque alguns dirigentes irão viajar, etc. Solicitei então uma nova contra proposta deles assinada, mas infelizmente ele não me entregou, alegando não ter ninguém para assinar. Tanto nós quanto eles sabemos que se não chegarmos num acordo até uma determinada data, a nossa negociação será litigiosa, decidida na justiça, saindo de convenção coletiva para dissídio coletivo. Isso é um absurdo! A intransigência das Cooperativas, via OCEMG, em manter estas propostas de reajustes irrisórios, vão trazer transtorno e prejuízo a todos, não só aos trabalhadores, mas também às cooperativas. A falta de conhecimento dos dirigentes em saber que a negociação não é entre duas instituições: Sintracoop e OCEMG, mas sim entre as cooperativas e seus empregados, onde a convenção coletiva reflete a realidade da economia e do mercado de trabalho, e também a falta de sensibilidade dos mesmos, os impedem de entender que o reconhecimento pelo esforço e dedicação do trabalhador tem de ser agora. E não adianta negociar índice baixo na convenção, para depois ajustar os salários nos meses seguintes. O que me impressiona é o distanciamento que os líderes têm de suas filiadas. Eu percorro todo o estado, visito as cooperativas e vejo uma realidade muito diferente da que eles vêem. O que eu vejo são cooperativas crescendo, melhorando ano a ano seus resultados, sua participação no mercado, implantando planos de participação nos resultados. Tudo isso para reter sua mão de obra, seus empregados dedicados, que lutam dia a dia pelo projeto cooperativista. Todo esse transtorno que está acontecendo, é por uma diferença irrisória, pois se analisarmos a nossa proposta e a deles a diferença é mínima, um valor mensal que nunca irá desequilibrar financeiramente uma cooperativa. Esperamos que o bom senso e o repeito ao trabalhador prevaleçam, e que aceitem nossa proposta, para assinarmos as convenções ainda em novembro, dando segurança e tranquilidade a todos.   Abraços!   Marcelino Botelho Presidente

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